Excesso de CIÚMES tem nome: Transtorno Obsessivo Compulsivo

Excesso de ciúmes tem nome: transtorno obsessivo compulsivo
A preocupação infundada; irracional e descontextualizada precisa de tratamento. Quem nunca sentiu uma pontinha de ciúmes que atire a primeira pedra. Ele é um sentimento comum e certamente já surpreendeu a maioria das pessoas.
Diferente do que muita gente imagina, esse sentimento é comum em todos os tipos de relações: amorosa, nas amizades e nas relações familiares. E quando ele acontece de maneira controlada e saudável não oferece nenhum risco.
Porém existem pessoas que levam este sentimento ao extremo e se descontrolam. De acordo com a psicóloga clinica Karen Camargo, os ciúmes podem ser entendidos como um conjunto de pensamentos, emoções e ações que são desencadeados por algum tipo de ameaça ao relacionamento.
As definições de ciúmes geralmente têm em comum três elementos: a sensação de ameaça; a existência de um rival real ou imaginário; a defesa em relação aos riscos de perda do amor.
O sentimento pode estar se transformando em doença quando preocupações infundadas começam a ter recorrência. Enquanto o ciúme normal se caracteriza por ser transitório, específico e baseado em fatos reais, o ciúme excessivo seria uma preocupação infundada, irracional e descontextualizada, afirma Karen Camargo
Muitos ciumentos podem ainda apresentar comportamentos de verificação, como ligar constantemente, verificar se o parceiro estava falando a verdade, checar e-mails ou ligações no celular, entre outros.
Tais comportamentos são próximos dos sintomas compulsivos, presentes no Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC). Eles servem para diminuir a ansiedade presente no episódio ciumento , explica a psicóloga.
E, achando tudo isso normal, muitos ciumentos sofrem em silêncio. Poucos deles sabem que o ciúme pode fazer parte de um quadro de "excesso comportamental" e geralmente não sabem que precisam de tratamento ou o procuram quando o relacionamento chega ao fim, diz a psicóloga. 
Fonte: Minha Vida


Ciúme doentio: Você sofre da síndrome de Otelo?

"As pessoas ciumentas podem ser influenciadas pelas opiniões de outras pessoas - ou pelos meios de comunicação", diz o psiquiatra.
Tipos de ciúme
O ciúme só é considerado um distúrbio psiquiátrico quando domina as pessoas e altera drasticamente suas vidas. Segundo o psiquiatra Walter Ghedin, há quatro tipos de ciúmes:
 Reação emocional normal: trata-se de um sentimento transitório, que não condiciona a vida de quem o sente.
 Reação emocional desmedida: afeta sobretudo as relações amorosas. Pode ou não ter sido precedida de situações de infidelidade
 Ciúme como traço distinto da personalidade: típico dos que têm personalidade desconfiada. O ciúme afeta todas as áreas da vida de uma pessoa: família, amor e relações de trabalho. Em geral é característico de pessoas calculistas, que veem ameaças onde elas não existem e estão convencidas de que seu ponto de vista é uma verdade indiscutível. Está ligado ao chamado Transtorno Paranoico de Personalidade.

Síndrome de Otelo: como dito anteriormente, um distúrbio caracterizado por pensamentos delirantes de ciúme. O delírio que alimenta o ciúme pode ser parte de um transtorno crônico ou paranóia, mas também pode indicar um quadro de demência por deterioração do córtex cerebral ou de alcoolismo crônico.As pessoas que têm síndrome de Otelo sofrem com o delírio de que seus parceiros ou parceiras são infiéis.

"A pessoa fica obcecada com a ideia de traição e infidelidade e tenta fazer de tudo para buscar provas que mostrem que ela está certa", explicou à BBC o psiquiatra Walter Ghedin. A síndrome de Otelo é mais comum em homens do que em mulheres. Segundo Ghedin, isso acontece por razões psicológicas e culturais.
Fonte: BBC Brasil

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