Desde
agosto de 2014, a família Simões aderiu ao programa Família Acolhedora de
Piracicaba (SP), que tem como proposta
priorizar o encaminhamento de vulneráveis para casas de acolhedores – a
iniciativa ganha força desde 2009, com a aprovação da Lei Nacional da
Adoção. Desde então, o casal recebeu
cinco crianças.
Lição de vida
Um
dos casos que mais marcou a mãe acolhedora foi quando um filho acolhido, que
iria completar 4 anos, pediu um bolo de morango de presente de aniversário.
“Viver estas experiências é uma lição de vida para mim e para a minha família.
Este caso me marcou porque ele chegou em casa sem nada, com um brinquedo com a
cabeça quebrada e, quando achei que fosse pedir algum brinquedo de presente,
simplesmente me pediu um bolo”, conta emocionada.
“As crianças que
acolhemos retribuem todo o amor que damos a eles, é algo inexplicável. Além disso, tenho muita sorte, pois sou amiga de todas
as mães adotivas das outras quatro crianças que recebi em casa. Não ficamos
sem nos falar um único dia e isto é maravilhoso”, acrescenta.
Projeto
Na
cidade, a iniciativa entrou em funcionamento em 2013 e realizou 37
acolhimentos, de acordo com a coordenadora do projeto Patrícia Dutra.
Atualmente, a iniciativa é executada pela Pastoral do Serviço de Caridade
(Pasca). “A média de permanência do
acolhimento tem sido cinco meses”, diz.
A
iniciativa é constituída por famílias voluntárias. De acordo com Patrícia, estas famílias se tornam responsável em
oferecer os cuidados integrais à criança e adolescente, além de garantir o
direito à convivência familiar e comunitária. “É também um espaço de
construção de novas referências relacionadas e desta forma favorece o
desenvolvimento bio-psico-social dos acolhidos”.
A equipe psicossocial
do serviço realiza o acompanhamento, apoio e orientação da criança e
adolescente e da família acolhedora, atentando para que o processo de
acolhimento colabore para o bem-estar do acolhido e garanta seu pleno
desenvolvimento.
Enquanto
o acolhido estiver sob os cuidados das famílias, a equipe psicossocial do serviço direciona sua atenção ao cuidado da
família de origem buscando fortalecer sua capacidade de proteção e cuidado.
Nas situações em que a família de origem não apresenta movimento positivo em
direção à superação das situações que ocasionaram o acolhimento existe a busca da família extensa ou
ampliada e, como último recurso, a
colocação em família substituta.
Ainda de acordo com
Patrícia, atualmente, a grande dificuldade é a captação de famílias para que as
crianças e adolescentes possam ser acolhidos.
Fonte:
Paradigital - Juliana Franco
Comentários
Postar um comentário
Obrigada